• O que é um Estado-nação?
Chama-se Estado-nação um território delimitado composto por um governo e uma população de composição étnico-cultural coesa, quase homogénea, sendo esse governo produto dessa mesma composição.
• Quais suas características?
O Estado-nação afirma-se por meio de uma ideologia, uma estrutura jurídica, a capacidade de impor uma soberania, sobre um povo, num dado território com fronteiras, com uma moeda própria e forças armadas próprias também. É na sua essência conservador e tendencialmente totalitário.
• Quando começaram a ser importantes para a história da Europa e da América?
A ideia de Estado-nação nasceu na Europa em finais do século XVIII e inícios do século XIX. Provém do conceito de "Estado da Razão" do Iluminismo, diferente da "Razão de Estado" dos séculos XVI e XVII. A Razão passou a ser a força constituidora da dinâmica do Estado-nação, principalmente ao nível da administração dos povos.
Territórios
• Por que é impotante definir um território?
Você pode utilizar territórios para administrar uma localização geográfica, uma marca ou uma categoria de item e sua respectiva hierarquia. Os territórios podem ser deslocados por meio de arrastar e soltar para modificar suas hierarquias dentro da janela.
O que é um estado Laico?
Também conhecido como Estado Secular, o Estado Laico é aquele que não possui uma religião oficial, mantendo-se neutro e imparcial no que se refere aos temas religiosos. Geralmente, o Estado laico favorece, através de leis e ações, a boa convivência entre os credos e religiões, combatendo o preconceito e a discriminação religiosa.
Principais episódios do composto Israel X Palestina
• A guerra de 1948
Em 29 de novembro de 1947, um dia após a votação da Partilha da Palestina pelas Nações Unidas, o colono judeu Ehud Avriel foi convocado a comparecer diante da Agência Judaica, organização que representava os judeus da Palestina, antes da criação de Israel. Ele foi recebido por um homem robusto, de cabelos desgrenhados e grisalhos. Seu nome era Davi Ben Gurion, o líder supremo dos sionistas. Nascido na Polônia, ele fugira do anti-semitismo e dos pogroms (perseguição em massa) europeus em 1909, migrando para a Terra Santa. Lá, com seu carisma e liderança, tornou-se a encarnação viva da causa sionista. “Daqui a seis meses, declararemos a independência de Israel. Nesse mesmo dia, cinco exércitos árabes nos atacarão”, previu Ben Gurion, com incrível exatidão. “Se não conseguirmos obter armas com a máxima urgência, seremos aniquilados.” Em seguida, o chefe da Agência Judaica encarregou o correligionário de uma missão crucial: viajar à Europa para contrabandear armamentos. Avriel assentiu. No dia seguinte, pegou um avião para Genebra com uma lista quilométrica para comerciantes do mercado negro: 1 milhão de balas, mil metralhadoras e 1,5 mil submetralhadoras.
• A guerra de 1956
A Guerra do Suez, também conhecida como Segunda Guerra Israelo-Árabe ou Crise de Suez, teve início em 29 de outubro de 1956, quando Israel, com o apoio da França e Reino Unido, que utilizavam o canal para ter acesso ao comércio oriental, declarou guerra ao Egito. O presidente do Egito, Gamal Abdel Nasser havia nacionalizado o canal de Suez, cujo controle ainda pertencia à Inglaterra. Em consequência, o porto israelense de Eilat ficaria bloqueado, assim como o acesso de Israel ao mar Vermelho, através do estreito de Tiran, no golfo de Aqaba.
• A guerra dos seis Dias de 1967
Logo após a formação do Estado de Israel, os palestinos passaram a sofrer com as tensões e disputas recorrentes a esse complicado processo de ocupação territorial. Mediante o aval das grandes potências econômicas e bélicas do mundo, os israelenses obtiveram o privilégio de controlar parte do território palestino. Dessa maneira, desde 1949, a região da Palestina se transformou em um cenário onde as hostilidades e conflitos entre judeus e árabes se tornaram bastante comuns.
Impossibilitados de fazer frente ao amplo apoio internacional angariado pelo novo Estado judeu, os palestinos criaram um movimento que reivindicava a criação de um Estado Palestino. O Al Fatah, teve entre seus principais articuladores a classe média palestina que foi obrigada a se retirar da região por conta do clima de intensa disputa e guerra. O termo fatah, que em árabe significa “guerra santa” ou “luta armada” também faz referência às iniciais do Movimento para a Libertação da Palestina.
• Yom Kippim de 1973
Após a Guerra de Seis Dias, o governo israelense tomou providências no sentido de proteger as terras conquistadas e, principalmente, o controle obtido sob o Canal de Suez. Por isso, construíram uma linha de fortificações ligadas por estradas que ficou conhecida como a Linha Bar-Lev. Por outro lado, as nações árabes derrotadas nesse primeiro conflito ainda se sentiam desrespeitadas com tal situação e logo organizaram uma resposta contra Israel.
No dia 6 de outubro de 1973, grande parte da nação judaica se encontrava ocupada com os preparativos do “Yom Kippur”, um importante feriado também conhecido como o “dia do perdão”. Talvez por ironia ou razões estratégicas, Egito e Síria iniciaram um pesado ataque militar abrindo fogo contra as postos israelenses que protegiam a região de Suez. Em questão de minutos, os exércitos israelenses receberam uma verdadeira saraivada de granadas.
Dando continuidade a esse ataque fulminante, os árabes utilizaram de potentes mangueiras e pontes de assalto que facilitavam a travessia das águas do Suez. Nesse primeiro instante, a ação sírio-egípcia deu bons resultados ao permitir a travessia do canal com um número ínfimo de baixas entre os oficiais. Enquanto isso, os sírios organizavam o outro braço da investida adentrando o território judeu através das Colinas de Golã.
A reação de Israel foi contundente e conseguiu abafar os dois lados da invasão promovida por egípcios e sírios. Apesar da derrota, os árabes tomaram a guerra do Yom Kippur como um importante evento em que demonstraram o seu repúdio à presença judaica no Oriente Médio. Os vários militares israelenses mortos e pegos de surpresa acabaram simbolizando a resistência dos árabes e inflamou os vários grupos terroristas que se organizavam naquela época.
Uma das mais pesadas consequências da Guerra do Yom Kippur foi a deflagração da Crise do Petróleo. Tal crise se instalou logo que os países árabes integrantes da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) se negaram a vender petróleo aos países que apoiavam o governo israelense. No curto prazo, esta sanção econômica motivou várias nações a descobrirem fontes de energia que reduzissem a dependência em relação aos derivados do petróleo.
O que foi a Primavera Árabe
É o nome dado à onda de protestos, revoltas e revoluções populares contra governos do mundo árabe que eclodiu em 2011. A raiz dos protestos é o agravamento da situação dos países, provocado pela crise econômica e pela falta de democracia. A população sofre com as elevadas taxas de desemprego e o alto custo dos alimentos e pede melhores condições de vida.