terça-feira, 22 de outubro de 2013

Cânticos II, Cecilia Meireles


Não sejas o de hoje.
Não suspires por ontens...
Não queira ser o de amanhã.
Faze-te sem limites no tempo.
Vê a tua vida em todas as origens.
Em todas as existências.
Em todas as mortes.
E sabe que serás assim para sempre.
Não queiras marcar a tua passagem.
Ela prossegue:
É a passagem que se continua.
É a tua eternidade...
É a eternidade.

És tu.

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