Logo o silêncio foi interrompido pelos gritos de minha mãe, chamando-me para ir à igreja.
Pegamos o ônibus que parava a uma quadra da igreja, o restante do caminho, íamos caminhando.
Coloquei meu fone de ouvido, encostada no canto da janela, pensativa. O ônibus lotava a cada parada.
Ao longe, avistei uma senhora, moradora de rua. Estava suja e seu rosto aparentava triste, infeliz, melancólico. Aos seus braços, uma criança, com o rosto moreno, olhos castanhos. E a sua direita, uma outra menina, com um chapéu sujo e rasgado, rindo profundamente, brincando e aparentemente feliz.
Aquela ceda ficara marcada em minha mente. Na caminhada, onde costumávamos conversar inquietamente, eu apenas pensava na família, na criança feliz, mesmo estando naquela precária vida monótona.
A missa começara e eu prava pela família, pedia a Deus que lhe dessem u a vida mais confortável. Na volta, voltamos pelo mesmo caminho e resolvi parar e entregar uma linda boneca que havia comprado á garotinha. Não a encontrei, então perguntei às pessoas próximas ao local em que á tinha visto e disseram-me que a garota de nome Luísa, havia falecido poucas horas antes. Tinha uma doença que lutava desde que nasceu, leucemia.

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